junho 24, 2006

receive a [warning] when I post! 

a beautiful day




Falando em enfarte (sim eu sei que ninguém falou nisso, mas eu tinha que começar de alguma maneira, ok!?), ante+anteontem minha vovó partiu dessa pra Premium, rápido, simples, sem problemas, dores, etc. Tonteou, pimba. 86 anos, data de validade vencida, nem tava mais afim de viver faz um bom tempo. Dizia que tava doida pra morrer, já tinha perdido dois filhos e tava com saudade deles. Pimba. Só foi.
Ok, e o curioso foi o fato de eu estar me escabelando no velório pra não tirar uma foto, respeitosamente preservando o pesar mórbido da minha própria família, que eu adoro. Curioso é que só nos encontramos nessas ocasiões e em casamentos. Como ninguém mais anda a fim de casar, só enterro mesmo pra reunir. Foi a mãe do meu pai, e agora resta a vovó Zilda Bruzza, matriarca da família mais maluca que eu já vi, e que eu sustento o sobrenome, levanto a bandeira e assumo que esse nome veio de um tipo de queijo ricota (viu, até nisso sou light!) segundo Sr. Kugland, que já faz um tempo que não converso.

Aliás, não ando tendo tempo nem pra postar, conversar, falar besteira. Estou gastando quase todo o tempo livre que tenho pra tentar esboçar alguma felicidade idônea, baseada em fatos ilógicos sem sentido real mas bem emocionada com o fato de poder andar embasbacada com coisas imbecis como há muito tempo (creio que devo ter alimentado sentimentos assim algum dia pela minha mãe ou meu anjo da guarda) eu não sentia. Mais especificamente, diz minha mente, coitada, afetada, uns 15 anos, no mínimo. E eu digo isso baseada em nada. Afinal, não tenho nenhuma lembrança real de amor ou essas asneiras.
Ando querendo me chicotear pra acordar e voltar pro mundo. Mas é impossível... minha mente está mais longe do que poderia alcançar, e isso me faz sentir bem... muito bem =o)

Estava com saudade do centro da cidade... Porto Alegre é mesmo uma cidade linda, e ninguém sai de casa pra VER e SENTIR Porto Alegre. As pessoas sempre têm um destino. E na real, isso que é idiota nas pessoas. Ninguém vai por ir, só pra curtir. Stupids.
Então, eu e meu amigo imaginário fomos passear hoje no centro. Fomos ao Mercado Público, rimos na rua das músicas megaLegais nos camelôs, olhamos as carnes, cabeças de porco nas vitrines, enjoamos com o cheiro dos peixes, andamos de elevador estragado, e pela primeira vez depois do acidente tive coragem de andar de escadas rolantes.
Tudo isso numa outra dimensão. Claro. Minha dimensão. E, queridos, acreditem... existe vida após a física.
Existem ruas, árvores, flores vivas ou mortas, sorvete de chocolate, picanha mal-passada com farofa, cadeiras que voam, cerveja gelada, purpurina, anos 80, e nessa mesma dimensão já fui cantora, guitarrista, já atravessei avenida no colo, mordi manteiga (afff), me senti bem, me senti realmente e impossivelmente FELIZ.

"Drika, come back"...







... "No, thanks. I don't wanna come back right now"... =o)


[*Shinny Happy Drika*]

5 Thoughts:

Anonymous Anônimo declare...

Amigo imagináeio é? Sei... ***jealous mode ON***

O Centro de Poa realmente é mto legal. Pena que as pessoas têm uma idéia errada do Centro.

Eu, como amante de culinária, acho que é Deus no céu e Mercado Público na Terra. Claro... tem cheiro de peixe? Tem! Eh um mercado publico, oras! Os peixes tão na banca ali... tem um canto do mercado que cheira a peixe.

E eu sei que o centro de Poa não é um exemplo de limpeza e de transeuntes limpos e cheirosos, mas ele tem seu charme. Vc apenas precisa saber enxergar a beleza que está ali.

Looks like you had a blast \o/

Bjus!
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bitch.

5:59 PM  
Anonymous Anônimo declare...

First Comment

Ontem, eu fui ao cinema assistir a "Carros", que, como todas as outras produções da Pixar Studios, é algo simplesmente genial.

E a mensagem principal do filme é exatamente essa troca de valores que acompanha o nosso mundo capitalista e globalizado.

Conversando com Lightning McQueen, a Porsche Sally diz uma frase ótima, que resume bem essa situação. Algo como "antes, nós queríamos aproveitar o nosso tempo e, agora, nós o usamos apenas para ganhar mais tempo".

Então, geralmente, fazemos tudo com pressa, sempre correndo, sem olhar para os lados e para os outros. Desaprendemos a enxergar a beleza peculiar do que nos rodeia, a apreciar as coisas simples da vida e a dizer "Bom Dia!" e sorrir para quem cruza o nosso caminho.

E qual é a graça disso? Qual é a graça de passar a vida correndo atrás de tempo e não saber como aproveitá-lo?

E qual é o significado de viver se não encontrarmos a graça do que fazemos todos os dias?

Life is a journey. Enjoy the trip.

9:38 AM  
Anonymous Anônimo declare...

Second Comment

Eu amo a Drika agitada, ansiosa e inquieta. Amo a Drika cheia de vida, que fala bobagens e ri à toa. Amo a Drika pessimista e mal-humorada, que tem pensamentos suicidas. Amo a Drika criativa, que desenha e canta como ninguém, por mais que seu amigo imaginário tente distrai-la. E eu amo essa nova versão Shinny Happy Drika.

Também não quero que você volte agora, paixão. Quero que aproveite bastante essa fase de purpurina e felicidade ilógica, com cadeiras voadoras e sorvete de chocolate. E que, de tempos em tempos, continue dividindo os seus devaneios fantásticos comigo.

10:08 AM  
Blogger Drika Bruzza declare...

Eu amo a Cacá =o)

1:18 PM  
Anonymous Anônimo declare...

Vc não me conhece, eu não te conheço... Mas achei seu blog por ai, e não pude deixar de falar:
Meus pesâmes pela sua vó.
E outra coisa, eu acho sua cidade liiiinda... Pena que moro muuuuuito, mas muuuuito longe.

5:22 AM  

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