maio 25, 2006

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Too late to turn back now...




Fiquei uma meia hora com a tela branca e o cursor piscando, pensando se devo discorrer sobre o que sinto ou sobre o que não sinto.
Enumerando entre o que é mais e menos importante, creio que o fato de estar sem medo, sem esperança falsa, com a realidade e a verdade sentadas na minha mente como buddha num prato de moedas, o fato de não querer tudo mas só o que é real, me faz achar que uma vez só na vida tive uma chance. E que a vida dá uma chance só. Mentira.
A vida dá uma, duas, três chances e o que tu deseja realmente sempre volta pra te assombrar. E que não seja só te tirar a paz e o sono, mas revirar e bagunçar toda tua vida com pensamentos e sentimentos confusos, costurados com linha incolor, impossíveis de serem cortados, deletados, corrompidos.
Não sei direito como se sente quem ama, mas a verdade é que acho que o amor transforma as pessoas, e aí é que tá a minha dúvida... quando eu sei que o amor está ali?
Resposta: Quando tu olha e VÊ que ele está ali sim.
E aí parece que tudo se esclarece, e tu te sente como naqueles sonhos malucos em que tu está entre muitas pessoas completamente nu, e mesmo assim, ninguém percebe. Só tu. Fica atrapalhado, tenta se esconder, e é assim que me sinto. Nua no meio de tanta gente. Feliz, boba, sim, mas com muito medo.
A realidade traz isso, porque a gente olha pra frente e são tantos degraus, e quem me conhece sabe que não sou chegadas à escadas e lugares sem corrimão, que me deixam tonta.
Mas eu que nunca fui romântica tenho um lapso de romantismo, então é hora de coisas que nunca aconteceram acontecerem.
Impossible is nothing.
Digamos que estou numa felicidade incontrolável, que tem um motivo mais pessoal do que é possível, um amor que cresce miúdo a cada dia, desde que nasci (ou renasci).
Fiquei ontem no espelho do banheiro um tempo olhando pra mim. Descobri que eu impeço o amor porque não tenho mãos o suficiente pra segurar e não deixá-lo cair. Acho que meu peito é repleto dele pelo meu filho e isso é a única coisa que eu aceitava como verdade absoluta. Mas não. Sou constituída de matéria. Acho que Filosofia... ou História... ou matéria gelatinosa, mais pra "amanteigada". Mas matéria.
E aí eu descobri que amo sim.

*plim*

Mais uma constatação de uma mente inconstante.

[na foto, eu numa ilusão de não deixar transparecer que estou tirando a foto de mim mesma...]

1 Thoughts:

Anonymous Anônimo declare...

Adorei seu post. Bem escrito pra variar. Que este amor que vc está descobrindo no seu coraçãozinho só te traga alegrias.

Bjus,
Thiago.

6:20 PM  

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