fevereiro 24, 2006

receive a [warning] when I post! 

All the things I am




Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family, Choose a fucking big television. Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed-interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit-crushing ga me shows. Stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home. Nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats. You have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life.

E eu posso dizer que não consigo ter expectativas positivas quanto à essa "liberdade" de poder escolher entre Lux Luxo ou Dove Esfoliante, iogurte desnatado, de soja, de morango, não dá. Simplesmente não consigo conviver com tantas opções.
Minha opção nesse momento é colocar um par de asas e subir num prédio bem alto, abrir as asas e me deixar cair... cair, cair... acho que com o silêncio absoluto, o medo absoluto e a incerteza absoluta tomaria algumas decisões que aqui embaixo, meio à tantas regras não consigo tomar. O máximo que tomo é um café frio, uma cerveja gelada, ou tomo um lapso de realidade que tenta me jogar pra solidão de novo.

Andei conversando com algumas pessoas... o Edward, a Thyelle, e as várias eus que habitam eu mesma, mas nenhuma resposta é a que eu queria ouvir. E eu me pergunto, então por que perguntar? A gente já sabe a resposta do que pergunta. Ah, sabe sim. Eu sei a minha resposta, e qualquer outra pergunta que eu me fizer vou saber como responder. Mas o fato de agir é que me deixa confusa. Agir é tão mais difícil. Por isso eu monto na minha cabeça inúmeras possibilidades, falo sozinha pelos corredores, faço careta, coloco a língua pro espelho, passo a maior parte do tempo absorta em pensamentos ilícitos e que certamente ferem os Códigos de Conduta Mental da empresa. Pra fugir da resposta.

Não tem nada pior do que ter uma certeza.
Não existe coisa pior do que prever que vai chover, levar um guarda-chuva e andar embaixo da marquise quando o divertido mesmo é tomar uma chuvona, desalinhar o cabelo, molhar a barra da calça e correr na rua.Eu chego à conclusão de que sou boba demais, criançona demais.
Ou eu estou no lugar errado, porque acho tudo lindo e legal, ou as outras pessoas são estranhas demais pra não gostarem de viver, ou eu realmente não sou daqui desse planeta.

Hoje eu tive uma reunião superimportantérrima, que dependia das minhas idéias.
Eu não abri a boca um segundo sequer.
Fiquei viajando no meu fusca roxo pelos neurônios que ainda habitam meu ser, e olhando como as pessoas se mexiam, falavam, moviam os braços, os lábios, fiz tudo ficar em câmera lenta. O Edward me ensinou como fazer o tempo andar mais devagar e de trás pra frente, e assim eu me divirto com a comida no prato, com o vento batendo nas árvores. E na reunião. Tu deve estar imaginando o que eu disse né?
Quando me perguntaram se eu não ia dizer nada, levantei, saí da sala e disse com a mão na frente da boca "não vou falar nada pras minhas idéias não fugirem pela boca".
E pronto. Voltei pra cá pro meu computador, pus meus fones megalindos, voltei ao meu travesseiro imaginário, coloquei minhas pantufas virtuais e segui trabalhando.

Creio que ninguém mais estranhe quando passo falando sozinha pelo corredor, ou quando chego e digo bom dia pra todo mundo com a maior felicidade possível. "Só tu mesmo pra tá rindo essa hora, guria..."
Talvez eu seja uma teoria mal formulada por Darwin, ou Newton, que contradiz todas as outras. Talvez eu seja uma pintura não divulgada, uma partitura não escrita... Mozart pode me ter balbuciado, me cantarolado no banho, ou entre um uísque e outro algum inglês com a cara amarrada possa ter me escrito em um papel sem tinta. Já me imaginei quase tudo, e sei que caibo direitinho nas formas ilegais, imorais e inventivas de todo mundo. Já fui tudo que eu queria. Um livro, uma editora, uma folha, a árvore, o inquisidor e a bruxa. Aí tu vai dizer que eu sou exibida, a querer me comparar com obras de pessoas tão importantes.
E quem é a pessoa mais importante do mundo pra ti? Não minta... sei que é tu mesmo.
Pra mim, sou eu. Eu gosto de mim, das minhas máscaras, das minhas idéias, das minhas cores, da minha voz, das minhas palavras. Não me acho bonita, gostosa, a última bolacha do pacote. Mas isso pra mim é relevante.
Eu tenho noção de realidade e sei onde realmente está o que realmente importa.

Não, não uso lingerie vermelha.Uso cuecas.
Pra que ficar apertada?

Não, não uso perfume.
Pra que ter um cheiro que não me pertence?

Tsc tsc tsc... isso descaracteriza.

E eu sou caracterizada por mim. Tudo que vem de mim é Drika.
E eu gosto disso.

That's what I choose.
[na foto, eu atrás de um copo de cerveja, literalmente]

8 Thoughts:

Anonymous Anônimo declare...

Post carregado de emoções

e viva a fita verde!

5:16 AM  
Anonymous Anônimo declare...

Ah azar eu gostei, acho que todos que "pensam" passam muitas vezes por isso...aí essa gente que pensa...pensa...vale a pena pensar tanto...
Bom Feriadão se tiver...eu não vou ter...

Fredy

12:01 PM  
Anonymous Anônimo declare...

Ah azar eu gostei, acho que todos que "pensam" passam muitas vezes por isso...aí essa gente que pensa...pensa...será que vale a pena pensar tanto...???
Bom Feriadão se tiver...eu não vou ter...

Fredy

12:01 PM  
Anonymous Anônimo declare...

Porra!! Drica tu acha que os outros são tão diferentes? Cara te liga os melhores prazeres são os pequenos andar na chuva, encher a paciencia de quem se gosta, esquecer de quem se odeia "literalmente", so que tu tens que perceber que a vistas de todos isso é "loucura" bobagem!! de perto não existe normalidade, so que as vezes temos que preservar quem amamos e isto é de forma plena, agente tem que bancar o certinho e muita filosofia estraga. Começa a ver que tudo é mais simples não tenta explicar demais os teus dilemas tenta viver eles de forma mais plena, vive o teu dilema e não fica so admirando as tuas conclusões, vivencia!! vivencia!! é muito melhor esperimenta.
ah!! ps Merdas sempre acontecem conosco ou com os outros.

4:58 PM  
Anonymous Anônimo declare...

Chose chosing nothing and life ends in a blink of an eye. Ah, e se a gente não enlouquece, quem enlouquece são os outros e é quando eles parecerem loucos que nós enlouquecemos de vez; seguiu o raciocínio? Bjo pra ti, Dri.

5:56 AM  
Anonymous Anônimo declare...

Drika assisti o filme que tu queres e não é o que tu pensas!
Na verdade é um grupo de amigos usuarios de heroina, e alguns deles totalmente loucos ou retardados, vale a pena ver mas não acho que valha a pena comprar por 39,90 é caro, ok beijo.
ps deu na ulbra tv as 3:00 da matina.

10:54 AM  
Blogger Drika Bruzza declare...

Hmmmmm... realmente, 39,90 não é o que eu esperava, maninho...
Mas o filme em si é bom sim, pra quem gosta de filmes malucos com personagens loucos e meio "cult", tipo Laranja Mecânica, The Airheads, etc.
Nada da fita verde né? Imaginei :(
TE AMO GORDINHO!!!

(aparece lá em casa!)

7:46 AM  
Blogger Luciano Sky declare...

Trainspotting: também revi outro dia na madrugada da Ulbra TV! :-)

Outro dia vi um psi na TV falando o seguinte, aceita os teus problemas, porque todo humano tem (não existe felicidade hedonista longa), e entra na tua vida! Legal a mensagem do cara, tipo, felicidade é a realização na vida. Também acho estes momentos importantes, tipo ontem ver o teu time ganhar; tipo ficar olhando um saquinho flutuando, viste o Beleza Americana?

7:44 AM  

Postar um comentário

<< Home