fevereiro 12, 2008

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talk shows on mute

As pessoas são brilhantes com as palavras. Se consegue tudo, a comunicação efetiva é certeira e não deixa pra quem escuta outra opção a não ser acatar ou revidar com outro turbilhão de mais ou menos razão enlatada em dialeto e coerência. E nem tanto pelo dom da palavra dita ou escrita, mas pela força a que remete um simples som ou rabisco, um caractere, e não se traduz melhor que no olho com olho, quanto o sentido ao que o receptor aceita. Verdades são todas absolutas até que se prove que a verdade não se faz de fato, e sim, da ausência da maldade. E numa frase, se implicita tanto quanto se explicita e se sustenta, o conteúdo infeliz ou "mal-dito" e todos os fatos que se perdem nesse caminho e são ignoradas ("de fato").
E de que viveriam se não de palavras todas as coisas? É como usamos, explicamos, determinamos, erramos, perdemos, ganhamos ou somos vistos. É como vendemos, como compramos, como roubamos e achamos determinante uma opinião, é como se dividem os "bons" dos "maus" e os atributos todos do ser humano e tudo (TUDO) que o rodeia. Não existe fuga, e nem se quer.
"Alguns morrem para outros poderem crescer", e a vida se fecha num ciclo megalomaníaco de que o ego deve ser respeitado na palavra e na ação, a custos muito altos. Altos o suficiente pra desestruturar e transformar em sombra qualquer facho de luz que apresente o brilho num escape de pensamento.
Não se é o que não se é, mas se diz ser, e isso é sim uma mentira, ou uma inverdade, ou um desejo muito reprimido de que fosse verdade. Na última das hipóteses é uma patologia de psiquiatria clínica.
Eu não moro aqui. Eu não vivo aqui. A minha vida e as minhas coisas estão todas dentro de mim, e eu sou assim. Às vezes convido alguém pra entrar, mas não é frequente que confie tanto assim nas pessoas, justamente pela força falsa da palavra e do uso indevido desse "dom" a que muitos são agraciados, com ou sem sotaque, com ou sem gramática ou concordância.
Os meus olhos vão em sentido contrário ao fluxo.
E eu sou assim.
There is no chance to look back. Turning off my dreams.

3 Thoughts:

Anonymous Anônimo declare...

Algumas pessoas prezam demais as palavras e não vêem as atitudes. Algumas pessoas prezam demais as atitudes e ouvem as palavras.
Mas muitas não entendem que não conseguimos viver sem os dois. Uma coisa não funciona sem a outra. Atitudes e palavras andam de mãos dadas.
Às vezes essas coisas não parecem estar em sincronia. Ou às vezes elas não parecem se completar, tipo vc ouve uma coisa, mas não vê algo que complemente isso... ou vc vê, mas não ouve o complemento.
Nessa hora, coisas como "confiança", "caráter", "histórico" e "conversas" são colocadas junto na balança, para que você possa ser "ajudada" a concluir algo.
Devido a diversos fatores, como raiva, informações falsas ou má intenção de pessoas você às vezes pode colocar os pesos errados e tirar conclusões erradas.
Aliás, parece que as pessoas às vezes não pensam nas conseqüências do que falam. Ou até pensam e fazem de propósito... O que é pior, pois mostram que são pessoas de má ídole, mau caráter. E isso me deixa preocupado com o tipo de amizade que tu tem, me deixa preocupado com as pessoas que te cercam e as pessoas em quem tu confia.
Pense em tudo isso... Claro! Existem palavras bonitas, palavras carinhosas, palavras de apoio, palavras que aconselham, palavras que confortam, palavras que traduzem um sentimento bonito como o amor. Mas como esse não é o foco do texto, não vou me extender nesse assunto.
O que tu precisa saber, é que palavras são perigosas, palavras são fortes, palavras podem ser manipuladas.

Resumindo:
1) Cuidado com as pessoas que se dizem "amigos". Pense bem se elas são pessoas do bem, em quem você pode confiar.
2) Cuidado com as palavras ditas e tenha calma com as palavras ouvidas.
3) Palavras boas existem, basta você procurar no lugar certo, com as pessoas certas...
3) A verdade um dia aparece e aí tu vai saber quem é quem.


Então é isso...

12:09 PM  
Blogger RGM declare...

"Não se é o que não se é, mas se diz ser, e isso é sim uma mentira, ou uma inverdade, ou um desejo muito reprimido de que fosse verdade. Na última das hipóteses é uma patologia de psiquiatria clínica."

(rs) muito bom, tão bom que nem vou comentar.

6:44 AM  
Blogger Mari Thomé declare...

Nessas horas nunca acho algo decente e acrescentador pra dizer ;)

6:03 PM  

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