sweet sacrifice

Quando eu digo que Porto Alegre é uma fauna, é porque eu sei do que eu estou falando: essa é a capital das pessoas estranhas. E bem, eu sei que não sou das mais aparentemente normais, mas convenhamos que tem coisas que só aqui se vê. Calorão infinito no centro, tiozão de bota, bombacha e camisa de botão manga comprida desfilando o barrigão e o bigode à la Leôncio (vide Pica Pau) na maior paz, como se estivesse com uma refrigeração interna, tipo macacão de F1.
Véia de cabelo de tudo que é cor, tipo aquele "roxo véia", que tudo que é véia de cabelo branco usa.
Falando em idade avançada, mas com todo respeito dessa vez, a minha vó me apavora a cada dia. Meu vô morreu faz uns dois anos pra mais, e isso entristeceu todo mundo, fez o natal Bruzza não ser o mesmo e tal, porém a novidade é que a minha vó está agora namorando de novo. Feliz da vida, anda passeando na praça em Dom Pedrito, comprou uma cama box (???) e decidiu fazer ahm... academia. Pra ser mais exata, definitivamente provando que ela tá 'pancada' da cabeça, ela faz, aos 83 anos, step e... jump. Sim, jump, isso mesmo. Que osteosporose o quê? Dona Zilda Bruzza é uma nova guria, cheia de vitalidade e isso me deixa muito orgulhosa dela :) Te amo vó! E... seja bem vindo, Seu Lino! Como diz um sábio matuto de cabeça pelada, "viúvo é quem morre".
Noutra parte desta encantadora vida que me pertence, entra a velha história: tou de regime de novo. Não, não vale rir, mas é porque realmente ando sem fome, coisa que me deixa meio contrariada, já que eu adoro comer porquêra. Entre mil coisas envolvendo pessoas detestáveis, outras nem tanto, bolhas de irritação no trabalho e uma peça ou outra meio fora do quebra-cabeças, vou me metendo a resolver tudo sem conseguir manter nada sob controle. Status atual meio 'away', embora eu realmente ache que não adianta nada esquentar a cabeça. O que é, é. O que não é... well... não é e pronto.
Me pego pensando volta e meia se as pessoas são realmente capazes de mudar, ou se elas só vestem uma cara melhor e seguem sempre a mesma coisa. Chego à algumas conclusões desencontradas, pessimistas mas reais, de que a personalidade tem um pedaço moldável, basta encontrar o tal pedaço, e claro, querer verdadeiramente mudar. Não sei ainda que tipos de ações ou opiniões, ou atos ou o quê pode ser mudado, mas certamente o que somos e sempre fomos prevalece absolutamente.
Outra questão é saber se 'mudar' é bom ou não. Acho que dá pra caminhar por si mesmo e ser muitas pessoas juntas ao mesmo tempo.
Pronto, filosofei demais já.
Eu tenho que falar do acampamento!
Santo repelente (thank you, Leandro!), cobertor e edredon, santo sanduíche e abençoado seja aquele rio lindo que corta Nova Petrópolis. Eu me sinto muito bem em acampamentos, ainda mais com pessoas maravilhosas que sempre farão parte de mim, e outras que eu espero que façam parte pra sempre. Pra começar: roubaram nosso estepe, nossas mochilas, a barraca rasgou e chovou tanto que ensopou TUDO dentro da barraca. E sabe? Foi demais! \o/
O barulho contínuo do fluxo da água nas pedras, a fogueira, o frio, as estrelas (daquelas que não vemos daqui e de nenhuma cidade) que pareciam não deixar espaço para a escuridão absoluta.
Na minha cabeça, encantamento, raciocínio, calma e muita tranquilidade pra semi-organizar algumas das muitas coisas que rodeiam meus pensamentos.
Inesquecível.
Pena que foi comemorando algo que vai levar um pouco de mim pra França... ah, pequena... vai ver The Cure em Paris :)
...Por isso as fadas têm asas...

Rio lindo, lindo, lindo, lindo!!!

Shinning Happy People... fogueira, chá de maçã e Igor Doyle na viola \o/

Reparem no prendedor segurando o rasgão mega do filtro: Alguém tem meia aí? Hehe :P