fevereiro 11, 2009

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Crônicas de Férias - Parte I

Férias. A gente passa o ano inteiro trabalhando duro e esperando chegar as férias. Se programa, economiza (ou não), incomoda todo mundo, compra mala nova, convida um e outro, faz mil ligações atrás de casa pra alugar pra deixar tudo organizadinho. "Esse ano eu não me incomodo com nada." e assim vai. Chega a sonhar com a data e marca no calendário do trabalho, da geladeira, da sala, da agenda do filho, tudo que é calendário ganha a marquinha. E o ano passa voando, assim como as gratificações, as horas extras e o 13º. Chega na hora, dá nos nervos, o cara começa a ter micro enfartos e pensar que não vai dar pra levar a amiguinha da filha, ou comprar o isopor maior, ou aquelas cadeiras espreguiçadeiras que a esposa encheu o saco desde agosto pra ter. "Tem que ser a azul com rosa." e ai de ti que não seja! E então, como quem cai sentado pelado num prato de patê, a realidade chega e acaba com a festa, os sonhos, os planos.
E o caos impera. A filha chorando num canto porque não vai poder levar a amiga. E dê-lhe celular, imagina a conta no final do mês. Já não basta ela ter comprado sandálias novas, biquini novo, uma capa rosa pro iPod, ter feito luzes e comprado uma cama móvel pra maldita cadela (que custou os olhos da cara!). E o guri, que não sai da frente do computador, não enche tanto o saco, mas vai encher quando chegar lá, já que só vai sair da lan house pra comer, arrotar, dormir e peidar na casa que tu alugou com o maior esforço, inclusive tendo que fazer oferta maior, porque tava lotado e a "véia" da pousada resolveu fazer pressão psicológica. E claro, tu caiu.
Isso sem falar na esposa. Essa sim. Passa o dia gritando na volta dizendo que vai faltar isso, aquilo, que a bolsa de praia dela é a mesma desde 1978. Tu, com essa cara aí que Deus lhe castiga todos os dias, aguenta tudo. E vai três vezes por dia no supermercado comprar coisas que sabe que não vai usar, porque todo o ano compra e não usa. Protetor solar, caro infinito, fator solar 2 pra filha, 15 pra esposa, e pra ti, que vira um camarão de lagoa, o 60, por favor. "Quanto?!?" e dá-lhe cartão de crédito. Espera, que isso aqui na lista? Protetor labial?! Ah, valha-me Deus.
E o pobre carro popular, lotado de coisa inclusive por baixo dos bancos e por cima de todos, os espelhos já não servem pra mais nada. E é travesseiro, bate-boca, a cachorra pendurada espremida entre os filhos, lá vamos nós. E a última olhadinha pra casa que te acolhe durante todo o ano. No carro, já na saída da cidade, uma respirada funda e um sorrisinho discreto "Ah... férias!".
Pára pro lanche, pára pra filha mijar, pára pra cachorra mijar, e depois, que o bicho vem assoliado com meio metro de língua pra fora, pára pra dar água no copo que tu tava usando pra tomar coca-cola sem gás.
Ok, ok, é férias, e tu esperou o ano inteiro pra isso, não é mesmo?
(Segue)


Bunda do guri, chocolate & creme xD

3 Thoughts:

Blogger Carla Beatriz declare...

Pensei que ia ler uma crônica sobre TUAS férias!

Gostei da crônica e do estilo. Vais virar escritora? ;-)

E vê se manda notícias, né????

:-P

5:20 AM  
Blogger Unknown declare...

Isso daria um belo roteiro de filme de sessão da tarde/cinema em casa, com aqueles titulos pra lá de manjados, tipo: "Umas férias muito loucas", hahhahahahaha

Mas as tuas, claro, estão sendo diferentes, hehehehehe

Bah, vou voltar a pisar em SC depois de quase 10 anos sem ir lah. Vou pra praia do Rosa, na qual não conheço ainda tb. Espero que eu não passe todo esse trabalho da crônica, hahahahahaha

=**

6:21 AM  
Blogger Beto declare...

hehe... mto boa alusão à realidade daqueles que contam os dias para a tão sonhada paz.
Seu blog é dez. Aguardo tua visita no www.pagobem.com

abraço

2:11 PM  

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