spirited x spiritless

"That's just the way it is. Things'll never be the same"

Pensei em mil coisas pra discorrer sobre. Pensei em final de Pan, em comentar sobre o frio dos pampas, em falar sobre meu peixe polar, sobre o "Seu Rui" no bar no dia do jogo do Grêmio, sobre a Mostra de Inverno de Teatro, música, etc. Muitas coisas, muitas boas, algumas ruins, nada muito interessante, mas como todo bom blogueiro acabei numa crise de abstinência por um longo período sem postar e coisas que me pareciam geniais já não são mais tão geniais assim. Vou tentar fazer um breve resumo sobre cada tópico e assim matar minha ansiedade.

BLOG: eu não sei se isso é bom ou ruim, mas mais pessoas ao meu redor aderiram à essa loucura que é postar sobre a própria vida numa vitrine de letrinhas. A Vanessa, o Thiago... e o Alex, que posta descontroladamente o tempo todo. Conheço cada senso de humor de cada um deles. O Thiago cheio de frases de efeito, a Va com sua cabeça cheia de loucuras sem vírgula nenhuma e o Alex com a cabeça lotada de idéias e iniciativas. Cada um fez um blog diferente do outro e dá pra ver muito de cada um neles. As fotos, os links, o jeito de expor e organizar cada teoria e opinião. Cada um com um timbre diferente numa mesma música. E são só três pessoas. Quatro comigo. Estranho pensar como milhões vestem a mesma camiseta. Enfim, postadores compulsivos ou provocativos, adoro saber o que se passa na cabeça de cada um.

VIDA: na velha filosofia de bar diz-se que "amizade é como cristal: quando se quebra nunca volta a ser igual". Frase de MSN, de recadinhos no caderno do segundo grau, frase que a faixa etária 10-16 anos acha genial, e depois disso se joga no lixo o tal jargão por parecer tão "usado". Isso não diz respeito só à amizade. Pra mim se encaixa em namoro, família, trabalho... em todas as relações humanas. Não uso, não falo, não escrevo essa frase em lugar nenhum, mas pensei nela nesses dias e realmente achei que isso se encaixa um pouco no meu momento. Convivo com minhas maluquices, minhas mentiras escondidas e minhas verdades absolutas todas misturadas dentro de uma caixa que eu só abro quando acho que devo satisfação pra alguém, ou pra mim mesma. E essa caixa anda aberta permanentemente pra uma faxina. Isso vai, isso fica. Cada decisão e lembrança, cada ato e justificativa que usei. Cada suspiro e cada vez que eu fechei os olhos pra não ver. Cada uma eu pego com cuidado, com carinho e analiso... "isso não valeu a pena..." ou "eu deveria ter escutado..." e cheguei à uma conclusão: sou afobada, desorganizada, avoada e ansiosa demais. Isso pode parecer normal pra quem me conhece, afinal a convivência com amigos e pessoas perto de mim acaba me entregando. Não sei ainda até que ponto isso ainda vai fazer parte de mim, mas tem coisas que passam a vida toda dentro da gente e que aprendemos a guardar como um móvel antigo... num canto, coberto por um lençol branco, por ser algo que classificamos como precioso e que queremos preservar ali.

TARUMÃ: pela primeira vez na minha vida fui pra Tarumã ver uma corrida. No início, pelas quase 8 da manhã, ainda o frio castigando, o silêncio era grande e o movimento de pessoas pequeno. E passavam por mim pessoas carregando cilindros de GNV, spoilers e pneus, e tudo pra mim parecia uma enorme oficina mecânica dividida em boxes. Eu fazia parte do box número 8 e ali conheci pessoas ótimas: o Dudu, que me proporcionou o grande pavor de ir da zona sul até Viamão numa cadeira elétrica que durou longos 28 minutos. O Rafael e o Fabio, dois meninos quietos, cheios de graxa na mão e um sorriso discreto, que provavelmente entendem mais de carro do que eu de HTML. O Marco e seu movimento constante, explicado por alguma lei da física, que não vi um minuto sequer parado num lugar só. O Miguel, que pra mim, foi o mais engraçado, mais preocupado "Tu quer uma cadeira? Tu quer comer alguma coisa? Tu quer Coca-Cola quente?" e o que mais me confortou durante a corrida. "É assim mesmo. Barulho, gente estressada, carro capotado... é a vida!". Às 10:30 da manhã aquilo era uma loucura. Tomada de tempo, pega isso, pega aquilo, aperta ali, parafuso, um cara insuportável no microfone e muita gente circulando. Crianças de colo, crianças correndo, salão de beleza improvisado, e lá estava eu. Parada entre coisas que me davam medo. Motos, carros, canos de descargas. Com a Vanessa e o JP as coisas ficaram menos apavorantes... segundo ela os pilotos vestiam "tip-tops" e os carros de exposição eram "Hot Wheels" gigantes. Quentão, pódio, carros e mais carros... Logo depois do meio-dia eu já me sentia parte daquilo e acho que não relutaria mais nem um minuto em ir pra lá passar o dia, tomar cerveja, tirar foto, e bem... me reservo não explicitar o que (ou quem...) me fez participar disso, mas foi bom demais.

Ok, agora chega.


Tarumã, 7:54 da manhã. Frio? Há! Frio pouco é bobagem!

Como todo bom frio tem que ser acompanhado de boa companhia, Vanessa e quentão!

Pódio pras duas! \o/ ÊÊÊÊÊ!!!!!

A.R. se ajeitando e conversando com o carro... momentos antes da corrida. Concentração total.

Foto de final de festa, Va e seu Rai-bãããããnzão.

Time: JP, Vanessa, Drika e Alex. \o/