março 27, 2008

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echoes

Ontem foi o aniversário da minha Cidade :)
Como a única homenagem que prestei foi o post (além de não jogar lixo no chão, economizar água, essas coisas básicas), pela manhã decidi: vou passar meu horário de almoço no Gasômetro, ou no Porto, pra apreciar durante muitos minutos silenciosos a minha bela e maravilhosa vista do Guaíba. Carona combinada com o Simonetti, beleza, mas o calor tava tão grande que acabei por escolher ficar pelo Mercado Público mesmo. Ele me deixou na esquina da Borges com a Salgado, e dali eu desci calmamente, bem devagar, olhando todas as coisas que me são tão familiares e que eu sinto tanta falta. Foram momentos de reflexão e memórias antigas, que só pertencem a mim, e que me são importantes demais: a gritaria, a esquina democrática, a antiga loja de foto, panfletos daqui e dali, o vai e vem das senhoras com sacola da Marisa, a gurizada punk e o violão sem corda do louco da Galeria Massom. Passei pelos ambulantes amontoados e fui até a Otávio Rocha, pra dar um "oi" pro Baltazar... mas eu nunca consigo encontrá-lo. Óbvio que não ia ser ontem :P. Perguntei pela mulher dele e a filha... e segundo a mãe dele, a menina está linda! E bom... eu não duvido.
Tomei novamente o rumo do Mercado.
Uma passada na banca-sebo da entrada lateral e uma aquisição muito boa como companhia pro almoço: Edgar Allan Poe e seu "Assassinatos na Rua Morgue". Diga-se de passagem, o livro em ótimo estado, por 6 reais. Um ótimo negócio. :D
Uma olhada ao redor e mais uma chuva de coisas que há tempos eu não via... as bancas de umbanda, panos, artigos gaúchos e o corre-corre, o cheiro das marcelas da banca de ervas... e por um momento fechei meus olhos pra tornar tudo isso eterno na memória.
Escolhi uma mesinha no fundo da Banca 40, e não tive nem dúvida, e nem precisei olhar o cardápio: "Um shake de chocolate, por favor.", e em menos de 5 minutos já saboreava o gosto tão conhecido.
Baixei os olhos pro livro perto do meio dia, e só levantei na hora de ir embora, lá pela 1:20. DE-VO-REI meio livro, e me esbaldei em palavras difíceis e mistérios inacreditáveis.
Na volta pro trabalho, a subida pela Borges (depois de passar por uma cantora evangélica de muito talento na Praça XV) foi de olhar as pessoas, novamente. Lotação, e de repente, de volta à vida normal, pra uma tarde bem carregada...
Ah, minha Porto Alegre...
Tu me mantém VIVA :)
Parabéns! *\o/* (pompons!!!) :D

Espero hoje ter um dia tranquilo. :)


:)


:P Nham!

2 Thoughts:

Blogger Otto declare...

Que programão, hein D.Z.?
Poe é massa, mas como já te disse, curto mais o realismo fantástico do Borges...
E ontem fiz um brinde ao Portinho.Cidade que me acolheu há 5 anos de braços abertos, mas que revelou diversas surpresas e situações à um rapaz proveniente de uma pacata cidade do interior
;-D

Um beijo

12:09 PM  
Blogger Carla Beatriz declare...

Hummm ... Ainda não li Edgar Allan Poe. Vou colocar na minha lista de leituras, apesar de eu preferir meus romances históricos ingleses.
Quanto a Porto Alegre, já vivo aqui há 26 anos, mais de meio século, quando meus pais decidiram se mudar para cá e eu não queria de jeito nenhum! Eu tinha 13 anos e todos meus amigos ficaram na cidadezinha em que morávamos: Charqueadas. Chorei, briguei, resisti. Nós tínhamos a casa em Charqueadas e o apartamento em POA (tempos de vacas gordas). Quando veio a mudança definitiva com os móveis da casa, vi que não tinha escapatória: tinha que morar na capital e deixar meus amigos em Charqueadas. Sofri muito, odiei Porto Alegre, odiei a nova escola, odiei os novos colegas. Mas como para tudo, o tempo é o melhor remédio para curar as feridas e eu acabei fazendo as pazes com POA e hoje não me vejo vivendo em outro lugar. Sou uma guria da capital, essencialmente urbana. Cidade pequena? Nem pensar! Eu adoro shopping, cinema, teatro, agito, muita gente. Passar minha infância e início da adolescência no interior foi muito bom, mas eu aprendi muito, quando vim para a capital gaúcha.

7:24 AM  

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