outubro 26, 2005

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Candy Project


Is there anybody out there? (...) Is there anybody (...) OUT THERE???

As coisas andam bem estranhas pra mim...
Reservo à mim mesma o meu direito próprio de comentar no meu próprio Blog algo relativo à meu respeito e adjacências pessoais. Ou seja, vou me dar ao luxo de falar um pouco sobre mim.
Blog é pra isso, não? Ou é só pra nerdear mesmo?
Ou nem um nem outro?
Enfim.
A decisão que eu tinha tomado, que seria revolucionária, bombástica, "rocknroll" mesmo, já destomei. Coloquei na balança prós e contras, mais contras que prós, e me dei conta de que eu tenho mesmo é que me f*. Logo, que me f* mesmo.
Conviver com pessoas é difícil pra mim. Principalmente quando estou numa situação do trabalho. Teve festinha da Dell ontem. E eu falei um palavrão. Fui arduamente recriminada, fiquei até (vejam vocês) vergonha de ter dito m*rda. Sim, pois foi exatamente essa a palavra em questão. M*rda.
Uma m*rda de uma palavra me fez sentir muito mal...Tá, tudo bem, eu não perdi o pique da festa e nem chorei que nem criança, mas tive vontade de sentar no chão e gritar.
É muita pressão pra mim... e isso é bom quando eu estou trabalhando, mas p*rra, às 10:30PM, escapar um "m*rda" e eu querer me arrancar um olho pra ter uma desculpa pra ir embora, aí já é demais.
Me questiono quanto aos meus comportamentos.
Sou muito estúpida, grossa, eu rio alto e falo alto, como de boca aberta e brinco com os talheres. Ponho os cotovelos na mesa, empurro a comida pra cima do garfo com a faca, corto o bife em pedacinhos como se eu tivesse 4 anos de idade e muito medo de me engasgar. Eu paro na rua pra olhar as coisas interessantes, pra comer frutinhas das árvores, eu construo historinhas quando estou sozinha e falo com meu filho como se ele fosse adulto. Eu falo sozinha. Eu falo quando durmo. Eu sento de perna aberta e rôo unhas. Eu faço caretas pras pessoas no ônibus e tenho o costume besta de abrir armários na casa dos outros. Sim, sou muito, mas muito mal educada!
Mal educada mesmo!
E o pior: quem me corrompeu fui eu mesma! Fui eu quem me deu a liberdade de me dar liberdade, de comer da maneira mais divertida, de prender o copo entre os dentes e tentar levantar pra tomar sem as mãos (se você não costuma fazer isso, faça, mas treine antes sozinho)... Me dei a liberdade de correr morro abaixo quando pude, de nadar até chegar no meio da lagoa pra brincar de afogamento, fui eu mesma que quis me ensinar a aprender a jogar futebol, subir em árvore e fazer tatuagem. Fui eu que me ensinei a gostar de chocolate, sorvete, flores, cores, piercing, giz de cera. Sim, eu, eu, eu mesma! Eu que disse que não precisava aprender a usar salto, porque tênis é bem melhor, e que usar mochila é bem mais prático, porque cabe tudo dentro e ainda é pendurada.
Eu sei que eu vivo dentro de mim com muitos eus e meus, mas... isso não justifica eu ter falado palavrão num churrasco comemorativo da minha empresa. O fato de eu ter me construído não interessa. Vou me reconstruir, depois de me desconstruir, vou me cortar em picadinhos, esmiuçar meu vocabulário e procurar "bugs" no meu cérebro. Chega de ser mal educada. Minha vida vai mudar. Vou setar uma data limite e cumprir o prazo.
(...)
Ok, agora... voltemos à realidade.
Eu trabalho numa empresa globalizada, com calhares de funcionários educados, bem-arrumados e sadios, vegetarianos, não-fumantes, que pedem licença e bebem cafés. Essa empresa pede de mim um perfil "x", e esse é meu target, meu objetivo, para que eu possa crescer dentro dela e poder desenvolver meu intelecto, minhas skills e ser o que sempre sonhei.
Perfect!
Conclusão: Agora eu entendo... ao invés de ter dito m*rda, eu deveria ter dito SHIT!

;) não me leve tão à sério. Nem eu faço isso xD

relax!

8 Thoughts:

Anonymous Anônimo declare...

hummmm

12:55 PM  
Blogger Luciano Sky declare...

Você está numa festa e solta um arrotinho, assim, bem silencioso. Olha pro lado, ninguém ouviu. Nesta festa mesmo, que você falou. Aí fala pro cara, ao lado: "desculpe, eu arrotei", assim, meio sem jeito. "Hein? Nem ouvi, não foi nada". Daí você responde: "Não! Desculpa! Eu ar-ro-tei!!!" Daí a guria do lado te olha meio estranha, e tu diz ainda mais alto: "EU ARROTEI! ME DESCULPA!". E como se ela não tivesse entendido, você faz assim, engole ar, e solta um belo arroto, agora bem alto e gutural. Daí o americano que tava na ponta da mesa te olha, apenas curioso, e você pergunta bem alto, pra todo mundo: "Gente, como se diz 'arroto' em inglês? Eu preciso pedir desculpas a este americano por ter arrotado!"

SHIT! WHAT THE FUCK ARE YOU TALKING ABOUT?
8=)

8:09 PM  
Anonymous Anônimo declare...

Oi, maninha!
Sempre me divirto com os seus posts.
Mesmo que você esteja aí se lamentando, eu, aqui do outro lado, estou dando boas gargalhadas.
E não me entenda mal, amor. Mas nós somos tão diferentes...
Você, uma maluquinha com piercings e tatuagens, que faz e fala o que quer, sem vergonha e sem se importar com o que os outros vão pensar.
Eu, uma paranóica incorrigível, toda certinha, que pensa que todos os olhares do mundo estão voltados para ela mesma e toma cuidado com tudo o que faz e fala.
Egocêntrica, talvez, mas não de uma forma positiva pra mim.
Deixo muitas coisas passarem pela minha vida por conta disso, sem apreciá-las ou desfrutá-las.
No entanto, quando você se descreve, está descrevendo a mim também.
E é muito estranho eu ler alguma coisa e me identificar tanto assim com alguém, especialmente nesse mundo estranho onde vivemos, cheio de pessoas estranhas, com comportamentos estranhos e em situações estranhas...
Apesar de sermos minoria, acredite, são os outros que estão equivocados.
E nós não queremos fazer parte disso, queremos!?

8:42 AM  
Anonymous Anônimo declare...

Continuando...
E que mundo é esse onde a palavra merda ainda é considerada um palavrão?
Principalmente, quando dita em uma festa?
Depois das dez horas da noite?
Fora do horário de expediente?
Onde as pessoas deveriam ser elas mesmas e não marionetes controladas por quaisquer padrões...
Como se ninguém ali jamais tivesse escutado, ou melhor, pronunciado tal palavra antes. Aliás, devem escutá-la todos os dias de seus próprios pais, irmãos, filhos, amigos...
Quem nunca solta um merda durante o dia???
Até eu, que, quando fico furiosa e perco completamente o controle, grito meleca!, até eu falo merda de vez em quando.

Concordo que existem muitas coisas que precisam ser trabalhadas dentro de nós, que precisam mudar, seja para que nos sintamos melhores ou apenas porque nos deu vontade, oras.
Eu, por exemplo, tenho muita coisa do meu pai em mim, das quais nunca gostei nele. E não quero repetir o que sei que está errado, que faz mal aos outros e a mim mesma.
É muito difícil, mas, aos poucos, estou trabalhando para mudar isso.

9:41 AM  
Anonymous Anônimo declare...

Agora, honey, existem outras coisas que nunca devem mudar.

Sua espontaneidade, sua sinceridade, seu jeito criança de ser, transformando as coisas simples da vida nas mais importantes, conversando com bebês e cachorros (que, convenhamos, se parecem mais com a gente do que a maioria dos seres humanos adultos que encontramos por aí), observando uma pequena flor por horas, seguindo uma trilha de formigas na rua e achando tudo isso mágico...

Brincar com a comida no prato? Quer diversão maior que essa?
Fazer esculturas com purê de batatas? Carinhas com ovo, tomate e miojo?
Uma minifloresta com pedacinhos de brócolis, com direito até a um laguinho de molho branco?

Aliás, fazer caretas também não é falta de educação, pelo contrário, às vezes, é a única forma de nos comunicarmos com quem ainda não conhecemos.

E usar sapatos faz mal à saúde! É um fato, e cientificamente comprovado. Pode causar varizes, prejudica a coluna, sem falar na dor descomunal que provocam nos pés, nas pernas e nas costas depois de usá-los durante um dia inteiro de trabalho.

Mas, acima de tudo, são esses seus comportamentos que fazem de você alguém tão especial, divertida, inteligente e amada.

Mudar pra quê?
Os outros que tratem de evoluir!!! E logo!!!

9:45 AM  
Anonymous Anônimo declare...

Só para constar...

Estou comentando o seu post ao som da Joss Stone. E ela acaba de "dizer" I've got a right to be wrong, my mistakes will make me strong (...) So just leave me alone.

Só para constar...

10:29 AM  
Anonymous Anônimo declare...

Espero que seja brincadeira que você está cogitando a possibilidade de virar uma pessoa chata só por causa dessa empresinha. =(
Mesmo se quisesse não conseguiria, acho.
=}

8:48 PM  
Blogger Tiago Padilha declare...

Bah crickinha... tinha q ter mandado um bom e em bom tom "puta q pariu!!"

eheheh

beijão...
Edegar

6:18 PM  

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