no easy way out

Não sei direito até quando vai me durar esse jejum de postar... antes era impulsivo, e hoje já perco metade das coisas que eu tenho vontade de escrever sobre. Não vou dessa vez culpar minha memória... a coitada já fica de mau humor quando mando algum impulso cerebral pra ela... e realmente, eu acho que vou andar de novo com um bloquinho na bolsa pra poder analisar isso ou aquilo sem esquecer 10 minutos depois.
Hoje já é sexta, tem muita coisa que aconteceu essa semana... coisas boas, claro, e coisas ruins, óbvio. Não sei se vou me ater à uma ou duas, mas tentar dar uma idéia de algumas coisas que passam pela minha cabeça por agora.
Primeira coisa de todas é o fato de que o passado (que não existe, é uma questão de lembrança, pensamento, e isso não é palpável nem real, é abstrato e de cunho duvidoso, já que se eu disser que ontem de noite me transformei num morcego e alguém duvidar vai ter que me provar que aquilo não aconteceu, e eu sou chata o suficiente pra fazer o cara acabar acreditando que até ele virou morcego só que não lembra...) mora em cada coisa que a gente toca, olha ou fala, ou escuta. Eu tento colocar meu passado em "away" mas mesmo como no MSN ninguém acredita que tu está fora quando teu status é "ausente", eu não consigo, ou porque alguém me remete à ele mesmo eu não querendo mais lembrar, ou porque ainda é vivo dentro de mim, ou porque me machucou muito a ponto de levar pra longe qualquer chance de voltar atrás e buscar de novo as coisas que eu amo. Complicado, sim, eu assumo, mas admiro aqueles que conseguem separar o tempo e as camadas cerebrais a ponto de esquecer e continuar vivendo. Muitas coisas eu penso e chegam a pesar no meu peito. E eu que acho que uma lembrança não é nada mais que impulso, acabo questionando o verdadeiro sentimento físico que causa isso.
"Should I think about tomorrow
Should I live for just today
Take the light that burns inside you
Let it burn away" (Ozzy Osbourne - That I Never Had)
Fora essas coisas que vêm e vão, vão e voltam, voltam e me assombram, acabei tendo uma semana bem corrida, tanto no trabalho quanto no tempo fora das 8.8 horas diárias dentro do TecnoPuc.
Eu e o Alex bolamos uma iniciativa que pelo jeito vai ter uma "acabativa" e isso me anima bastante. Terminar um projeto que comecei. Isso é emocionante e um desafio pra mim, afinal nem meu portfólio, nem meu website ainda consegui implementar. Muitas idéias, muitos rabiscos, muitos e muitos layouts inacabados e alguns acabados mas não implementados. O método que eu usei pra definitivamente focar na idéia foi o seguinte: processo. Sim, esse é o método. Processo de criação da idéia, depois do estudo da psicodinâmica das cores, das peças que iríamos usar, definições baseadas em estudos de metodologia e pesquisa. Claro que isso tem um grande fundo conceitual e social, como não poderia deixar de ser.
A idéia já tem o domínio (www.paraepensa.org), tem um orçamento definido, tem uma noção de distribuição e produção, e o que é:
- "A iniciativa do Pára e Pensa!.org surgiu primeiramente como uma idéia conceitual: distribuir em santinhos por Porto Alegre algum questionamento relacionado ao meio ambiente ou de cunho social, ou uma forma de divulgar nossos blogs, ou uma forma de fotografar cenas relacionadas à essa iniciativa com diversas técnicas que gostamos de usar. Bem, como uma coisa puxa a outra, as idéias foram se formando, se juntando, tomando um ar cada vez mais "heróico" de fazer alguma diferença em um espaço já delimitado por correria, dia-a-dia, rotina e o uso ineficiente dos nossos veículos de comunicação para um bem maior de pessoas, crianças, adultos, idosos que realmente precisam de ajuda.
Enfim, idéia na mesa, começamos a definir os pontos de maior fraqueza da nossa sociedade: violência infantil, descaso, maus tratos, vícios, e vimos que existe uma infinidade de questões que deveriam ser abordadas de alguma forma mais intensa por todos em caminho de um bem comum, mas que infelizmente não são discutidas na mesa ou na hora do café, nem na escola, nem no trabalho, nem nas universidades ou nas rodas de bar.
É a isso que convidamos todos os neurônios saudáveis de quem nos lê: um propósito maior para o bem das pessoas.
Não podemos abraçar o mundo ou a causa, sabemos disso. Mas quanto mais braços conseguirmos abrir, mais passos conseguirmos dar, mais pessoas possamos fazer ao menos sentir um pouco de aconchego, alívio, quanto mais possamos expor as dificuldades com FATOS... mais perto estaremos de fazer uma enorme diferença."
Esse é o primeiro esboço do texto que vai estar apresentando a nossa idéia. Nenhuma esperança de ganhar dinheiro com isso, e acho que nem esse é o foco. O problema é que eu preciso ajudar alguém, e por uma pessoa no mínimo que eu consiga convencer já me sinto satisfeita. Esse momento da minha vida, embora seja muito feliz por um lado, tem um pedaço vazio, e eu quero preencher isso com algo que me traga um retorno não pra mim, mas pra quem precisa. Seja quem for.
Enfim, semana de almoço pela PUC, sinuca e futebol de mesa pra fazer a digestão, muito café, muita conta (sabe como é... última semana do mês... :P), muitos beijos, muitos abraços, surpresas, coisa bem boa! Encontrei ontem o Daniel, irmão do Maurício, que era um dos nossos vizinhos lá na lagoa nos tempos de piá e conversamos bastante... claro, mais uma pá de nostalgia pra minha vida. Legal saber que as pessoas ainda estão aqui pela volta... dá impressão de que o mundo nem é tão grande quanto ele realmente é.
Almoços recheados de longas conversas, histórias, é bom saber da vida do Alex, saber que o Lucas, irmão dele, toca violão e também gosta de música, saber que ele é meio Joselito, e saber que é um guri tri legal que tem futuro. Bom saber das histórias da Fundação Sei-lá-o-que e das coisas legais que eles faziam, saber das brigas com o professor de ciências, discutir sobre Extra-Terrestres e aliens vestidos em ternos, futebol, automobilismo, superação, nunca falta assunto. Me mantém meio encantada, meio boba, como se ele fosse um livro enorme cheio de ilustrações com cores muito diferentes das cores que eu tenha visto na minha vida toda...
E assim vão sendo meus dias... cheios de encantamento, mágicas, poderes, café-da-manhã saudável, mega-sena e micropore na ponta dos dedos pra não roer os cantinhos das unhas. :)

Visão do minisuperhipermercadinho e da lancheria do Império Silva.

Um estudo baseado no mecanismo da visão humana, as cores e suas sensações...

Muitas caras e bocas, idéias e momentos MUITO legais :D