manifesto
Antes do jogo, liguei pro Estádio pra ver se o procedimento de entrada de deficientes físicos (até então, aceitável...) era o mesmo de antes, mas não.
Havia mudado: deveríamos esperar em pé numa fila e-nor-me pra nos cadastrar (???) num guichê lá da avenida Cascatinha, com uma NADA simpática moça atendendo e nos entregando um mini papelzinho pra que entregássemos na entrada do portão 8. Ok.
Pessoas com dificuldade de locomoção, com as mais variadas deficiências, expostas na avenida Cascatinha a 1m da rua onde passavam carros, motos, cavalos, pessoas, Brasinha, causando pavor no pessoal que tem deficiência mental.
Uma fila de, no mínimo, 40 pessoas.
Quando chegamos no portão 8 depois de 50 minutos na fila (!!!), me deparo com uma ESCADARIA de 3 lances pra subir, com um obstáculo: Roletas. NENHUMA segurança. E uma cadeira de rodas? E quem não consegue subir? Depois de muito esforço, subi aquela porcaria, PUTA da cara com o desrespeito que o Grêmio tem tido com os deficientes. Sou sócia, pago mensalmente meus 60 reais, mas isso foi um ABUSO absurdo pela parte da administração. Estou indignada. Indignada mesmo. Chorei de raiva. O time pelo qual tu dá a vida, pelo qual tu passa 90 minutos em pé se equilibrando nos bancos da sociais, ou suando no sol de fritar, ou berrando, ou cantando, ou empurrando, ou apoiando, ou TUDO ISSO JUNTO, ganha de 2x0, apresenta o novo treinador, coloca papel no banheiro, tudo isso muito legal.
Mas o descaso e o desrespeito foi ABSURDO.
Enquanto não pararem com essa porcaria dessa BURROcracia que inventaram agora, não volto mais lá. Não tenho condições de me machucar duas vezes por semana numa escadaria gigantesca e perigosa, ou uma fila imensa e demorada no sol.
Estou profundamente chateada e me sentindo péssima.
Até o Lucianinho da Rádio Gaúcha deu o parecer, e eu até falaria, não fosse o microfone dele babado. Foi uma reclamação total na fila. Idosos, inclusive, partilhando da maravilhosa desorganização a que o Grêmio nos expôs.
Indignação. Fail. Ridículo.