Candy Project

Is there anybody out there? (...) Is there anybody (...) OUT THERE???
As coisas andam bem estranhas pra mim...
Reservo à mim mesma o meu direito próprio de comentar no meu próprio Blog algo relativo à meu respeito e adjacências pessoais. Ou seja, vou me dar ao luxo de falar um pouco sobre mim.
Blog é pra isso, não? Ou é só pra nerdear mesmo?
Ou nem um nem outro?
Enfim.
A decisão que eu tinha tomado, que seria revolucionária, bombástica, "rocknroll" mesmo, já destomei. Coloquei na balança prós e contras, mais contras que prós, e me dei conta de que eu tenho mesmo é que me f*. Logo, que me f* mesmo.
Conviver com pessoas é difícil pra mim. Principalmente quando estou numa situação do trabalho. Teve festinha da Dell ontem. E eu falei um palavrão. Fui arduamente recriminada, fiquei até (vejam vocês) vergonha de ter dito m*rda. Sim, pois foi exatamente essa a palavra em questão. M*rda.
Uma m*rda de uma palavra me fez sentir muito mal...Tá, tudo bem, eu não perdi o pique da festa e nem chorei que nem criança, mas tive vontade de sentar no chão e gritar.
É muita pressão pra mim... e isso é bom quando eu estou trabalhando, mas p*rra, às 10:30PM, escapar um "m*rda" e eu querer me arrancar um olho pra ter uma desculpa pra ir embora, aí já é demais.
Me questiono quanto aos meus comportamentos.
Sou muito estúpida, grossa, eu rio alto e falo alto, como de boca aberta e brinco com os talheres. Ponho os cotovelos na mesa, empurro a comida pra cima do garfo com a faca, corto o bife em pedacinhos como se eu tivesse 4 anos de idade e muito medo de me engasgar. Eu paro na rua pra olhar as coisas interessantes, pra comer frutinhas das árvores, eu construo historinhas quando estou sozinha e falo com meu filho como se ele fosse adulto. Eu falo sozinha. Eu falo quando durmo. Eu sento de perna aberta e rôo unhas. Eu faço caretas pras pessoas no ônibus e tenho o costume besta de abrir armários na casa dos outros. Sim, sou muito, mas muito mal educada!
Mal educada mesmo!
E o pior: quem me corrompeu fui eu mesma! Fui eu quem me deu a liberdade de me dar liberdade, de comer da maneira mais divertida, de prender o copo entre os dentes e tentar levantar pra tomar sem as mãos (se você não costuma fazer isso, faça, mas treine antes sozinho)... Me dei a liberdade de correr morro abaixo quando pude, de nadar até chegar no meio da lagoa pra brincar de afogamento, fui eu mesma que quis me ensinar a aprender a jogar futebol, subir em árvore e fazer tatuagem. Fui eu que me ensinei a gostar de chocolate, sorvete, flores, cores, piercing, giz de cera. Sim, eu, eu, eu mesma! Eu que disse que não precisava aprender a usar salto, porque tênis é bem melhor, e que usar mochila é bem mais prático, porque cabe tudo dentro e ainda é pendurada.
Eu sei que eu vivo dentro de mim com muitos eus e meus, mas... isso não justifica eu ter falado palavrão num churrasco comemorativo da minha empresa. O fato de eu ter me construído não interessa. Vou me reconstruir, depois de me desconstruir, vou me cortar em picadinhos, esmiuçar meu vocabulário e procurar "bugs" no meu cérebro. Chega de ser mal educada. Minha vida vai mudar. Vou setar uma data limite e cumprir o prazo.
(...)
Ok, agora... voltemos à realidade.
Eu trabalho numa empresa globalizada, com calhares de funcionários educados, bem-arrumados e sadios, vegetarianos, não-fumantes, que pedem licença e bebem cafés. Essa empresa pede de mim um perfil "x", e esse é meu target, meu objetivo, para que eu possa crescer dentro dela e poder desenvolver meu intelecto, minhas skills e ser o que sempre sonhei.
Perfect!
Conclusão: Agora eu entendo... ao invés de ter dito m*rda, eu deveria ter dito SHIT!
;) não me leve tão à sério. Nem eu faço isso xD
relax!